O caos não acabou… ele apenas embarcou.
Depois dos horrores claustrofóbicos de um prédio infestado, [REC] 4 leva o pesadelo para mar aberto. A repórter Ángela Vidal, a única sobrevivente, acorda em um navio isolado com cientistas e militares. Mas o que era para ser uma quarentena segura, rapidamente se transforma em um novo inferno. Algo está à solta. Algo que nunca deveria ter deixado o prédio.
O medo toma novas formas.
Ao abandonar o estilo found footage dos filmes anteriores, [REC] 4 mergulha numa atmosfera de tensão mais tradicional, porém igualmente sufocante. A câmera agora se move livremente pelos corredores apertados do navio, onde a escuridão e o som do mar criam uma sensação constante de que algo está prestes a acontecer. O ritmo é rápido, brutal, e sem tempo para respirar.
Manuela Velasco volta em grande estilo.
Ángela não é mais apenas uma vítima – ela carrega consigo um segredo sombrio, talvez até mortal. Manuela entrega uma performance intensa, oscilando entre vulnerabilidade e uma estranha frieza. A sua transformação é o coração do filme, e o público é desafiado a decidir se deve temê-la ou torcer por ela.
O terror evolui, mas a essência permanece.
Mesmo sem a estética de gravação amadora, o espírito da saga [REC] está presente: infecção, paranoia e um senso de urgência implacável. O filme mistura ação e horror em doses certeiras, com criaturas violentas, experimentos biológicos e um suspense que cresce a cada minuto. O oceano é vasto… mas neste navio, não há para onde correr.

Um encerramento explosivo para uma das sagas mais assustadoras do cinema europeu.
[REC] 4: Apocalypse fecha o ciclo com sangue, tensão e muitas reviravoltas. Não é apenas o fim de uma história, mas o início de uma dúvida perturbadora: será possível conter o mal, ou ele sempre encontrará uma nova forma de se espalhar?